domingo, 11 de junho de 2017

As universidades abrem mão da autonomia

Mais uma vez recorro ao meu colega Gilson Volpato, que, em sua postagem Facebook, trata da autonomia universitária. Pois, lá vou eu, leitores e leitoras, concordar com ele e botar mais lenha na fogueira. Diz ele, quase no final do texto: “[...]Precisamos, hoje, mais do que autonomia financeira; precisamos de autonomia de pensamento. Não a temos, estamos sob a égide dos vícios de nossa sociedade, dentre eles os mimimis. Esse é o repensar necessário para nossa universidade. [...]” E vos digo: nós, as universidades, abrimos mão da autonomia do pensamento justamente em função da falta efetiva de autonomia financeira. Principalmente, as federais. Para nós, e para todos as que dependem do financiamento da pesquisa, portanto, da Ciência, “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Quem nos avalia, também nos financia. Ou nos submetemos às regras das agências financiadoras, ou não fazemos pesquisas. Claramente, não avaliamos a qualidade do que faz, mas, reforço: produzimos indicadores para a distribuição dos investimentos. Pessoais e institucionais. Há anos, em todos os fóruns dos quais participo, denomino o fenômeno de “perda da autonomia consentida”. Gravíssimo para quaisquer universidades. Necessário para garantir a sobrevivência.


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