Qualquer que seja a contraproposta apresentada pelo governo na reunião
marcada para hoje entre Governo Federal, Federação de Sindicatos de Professores
de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação) e o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) uma coisa
deve ficar bem-clara: não se deve perder esse momento de mobilização, o maior
deles nos últimos anos nas universidades federais. Isso porque a luta por
melhores condições laboratoriais e de trabalho não se encerra com a assinatura
de qualquer acordo. A universidade brasileira que temos hoje, com seus acertos
e erros, é fruto da luta histórica dos nossos colegas professores e professoras
que criaram associações, posteriormente sindicatos, e nunca se furtaram em enfrentar
o embate ideológico. Há uma tendência mundial de se reduzir os investimentos na
Educação superior. Por sinal, a orientação do “capital internacional” é que
mesmo nas federais, “quem pode pagar deve pagar”. A luta por uma universidade
pública, de qualidade e socialmente referenciada, portanto, não termina com o “reajuste
salarial”. Aliás, apenas tocar no bolso dos professores com algum tipo de
aumento é uma das estratégias do Governo para desmobilizar a categoria e poder aprofundar
esse projeto neoliberal de estado mínimo na educação, iniciado no Governo
Fernando Henrique Cardoso, o ministro Paulo Renato, e muito bem refinado nos
mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente com o ministro Fernando
Haddad. É fundamental manter o estado de greve, com a categoria em alerta para
as portarias, resoluções e recomendações do MEC, do Conselho Nacional de
Educação, da Capes e do CNPq. Essas medidas, há tempos, implantam a reforma
universitária que não queremos. A mais perigosa delas é esse processo de
privatização que, aos poucos, massacra os servidores. Em breve chegará aos
professores se não nos mantivermos mobilizados permanentemente.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.