É de estranhar que o Governo Federal insista em uma proposta meramente
numérica para os professores e professoras em greve. Mais estranho ainda que
queira comprometer o ano de 2015. Seria mais coerente, se quer insistir em
comprometer o futuro, que o Governo fizesse uma proposta até, no máximo, 2014,
quando se encerra o mandato da presidente Dilma Rousseff. Coerente e correto,
no entanto, seria estabelecer a data-base dos servidores federais similarmente
ao que existe na iniciativa privada. Como pode, um Governo que nasceu no berço
do sindicalismo, pelas mãos de Luiz Inácio Lula da Silva, agora, não garantir
um direito fundamental que qualquer trabalhador que é a data-base? Negociar um
acordo coletivo nos termos que o Governo Federal quer impor aos professores é
assinar três anos de congelamento nos salários. Seria muito mais simples se, ao
invés de insistir em negociar anos futuros, o Governo centrasse a proposta para
o ano de 2013. Além disso, é preciso que o Estado se comprometa a solucionar o
problema da falta de estrutura em todos os lugares que houve a expansão das
vagas sem a garantia das condições de trabalho. Sem isso, não se pode falar só
em números e percentuais. Remuneração digna é um direito de professores e
professoras. Não se pode, porém, ter dignidade plena sem condições de trabalho.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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