Enquanto o Governo Dilma Roussef (PT) se nega até a conversar com os
servidores públicos federais em greve, os deputados federais, comandados pelo
elo petista Marco Maia (PT-RS), oficializou ontem, dia 4, quarta-feira,
oficializaram um aumento de 30% (trinta por cento) na verba de gabinete, que
passou de R$ 60 mil para R$ 78 mil. A diferença de R$ 18 mil indica que cada
deputado gastará, a mais, por mês, a quantia de R$ 216 mil. Se multiplicarmos
pelos 513 deputados, teremos um impacto de R$ 110, 808 milhões ao mês. Basta
multiplicar esse valor por 12 para se chagar aos gastos de R$ 1.329.696 milhão.
O presidente da Câmara, com a maior cara-de-pau do mundo, disse que o aumento “era
uma promessa antiga”. O aumento foi concedido por ato da mesa: “o reajuste de
30%, considera o desgaste inflacionário, mantendo-se inalterada a tabela de
vencimentos do secretariado parlamentar fixada na legislação vigente”. De
acordo com o Dieese, somente a inflação dos últimos cinco anos é de 22%, número
que os servidores federais em greve cobram de reposição por parte do Governo.
Para os deputados federais, no entanto, a inflação dos últimos anos é de 30%.
Isso significa que a proposta de reajuste posta à mesa de negociações pelo Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), de 22%,
está abaixo do que já foi concedido aos deputados para verba de gabinete. Só
para ilustrar os números dessa injustiça, senadores e deputados federais
recebem R$ 26,7 mil por mês. Quem não mora em apartamento funcional ainda
recebe R$ 3 mil a mais a título de auxílio-moradia. Agora, vão receber esse “agrado”
de R$ 18 mil a mais nos R$ 60 mil que já recebiam para contratar “secretários
parlamentares” sem concurso público. Quando se fala em uma carreira digna para os
professores o Governo Dilma Roussef silencia. Será que não temos razões de
sobra pra estarmos em greve?
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