A dureza com que o Governo encara todos os servidores públicos
federais em greve faz parte de uma lógica internacional de se administrar os
estados como se fossem empresas. E todas essas empresas devem girar em torno de
um único objeto: o capital especulativo internacional. E para que isso ocorra é
necessário que se aplique a lógica gerencial ao serviço público. Isso empurra o
Governo, também, a jogar nos números absolutos e não na própria lógica do
capital rentista. Um exemplo disso é a proposta apresentada aos professores em
greve no último dia 13. Tem características de aposta no “mercado futuro”. Para
entendê-la, foi preciso fazer um exercício igual ao feito pelas pessoas que
aplicam em cestas de produtos em longo prazo. Outra esperteza do Governo foi
aplicar vários índices, sem, no entanto, haver, de fato, reajuste. O que há, no
máximo, é uma reposição de perdas. Como se trata, de fato, da lógica
empresarial, dificilmente haverá ganhos. O Governo, ao que tudo indica, encosta
os professores na parede ao dizer que “é isso ou nada”. Tenta empurrar goela
abaixo, na verdade, uma política de desoneração do Estado e não, efetivamente,
uma carreira de professor. A proposta acena, na verdade, com a possibilidade
futura do que denominei de “terceirização” dos serviços de ensino. Anotem!
Depois da empresa brasileira de hospitais virá a empresa brasileira de ensino.
Fiquemos de olho!
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aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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