domingo, 16 de dezembro de 2018

Mais respeito ao trabalhador


No Brasil, em geral, há um desrespeito total ao trabalho e ao trabalhador. E isso ficou mais que evidente, para mim, no episódio da “guerra civil” que foi a fila de espera para remarcação de passagens no Aeroporto Internacional Governador Franco Montoro, o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. É preciso aprender que o dono (ou os donos) de uma empresa, com certeza, não aparecem em momentos de crise (particularmente, acho que deveriam aparecer exatamente nestes momentos). Xingar com palavras e quase agredir fisicamente trabalhadores de uma empresa que tentar resolver os problemas que não foram por eles criados é, na melhor das hipóteses, má-educação doméstica. O mais curioso de todo o episódio fui eu, um esquentado de carteirinha, calmo e admirado (pela calma) entre os que estavam próximos de mim, na fila. E porque mantive tanta calma em momentos de tamanha crise? Por conta da certeza de que os trabalhadores que ali estava faziam o possível e o impossível para resolver nossos problemas e por uma decisão tomada a priori: processar a empresa aérea. Minha conversa com a empresa seria por meio da minha advogada, no tribunal. Qualquer coisa que eu fizesse, qualquer discussão com os trabalhadores da empresa, prejudicaria as pessoas que viessem depois de mim. Não sei se manterei sempre a postura. Mas, foi o maior aprendizado que tive neste episódio. Espero que seja para o que ainda me resta de vida.

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