No Brasil, em geral, há um desrespeito total ao trabalho
e ao trabalhador. E isso ficou mais que evidente, para mim, no episódio da “guerra
civil” que foi a fila de espera para remarcação de passagens no Aeroporto Internacional
Governador Franco Montoro, o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. É preciso aprender
que o dono (ou os donos) de uma empresa, com certeza, não aparecem em momentos
de crise (particularmente, acho que deveriam aparecer exatamente nestes
momentos). Xingar com palavras e quase agredir fisicamente trabalhadores de uma
empresa que tentar resolver os problemas que não foram por eles criados é, na
melhor das hipóteses, má-educação doméstica. O mais curioso de todo o episódio
fui eu, um esquentado de carteirinha, calmo e admirado (pela calma) entre os
que estavam próximos de mim, na fila. E porque mantive tanta calma em momentos
de tamanha crise? Por conta da certeza de que os trabalhadores que ali estava
faziam o possível e o impossível para resolver nossos problemas e por uma decisão
tomada a priori: processar a empresa aérea. Minha conversa com a empresa seria
por meio da minha advogada, no tribunal. Qualquer coisa que eu fizesse,
qualquer discussão com os trabalhadores da empresa, prejudicaria as pessoas que
viessem depois de mim. Não sei se manterei sempre a postura. Mas, foi o maior
aprendizado que tive neste episódio. Espero que seja para o que ainda me resta
de vida.
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