domingo, 6 de novembro de 2011

Congresso estatuinte da Ufam

Começa amanhã e vai até o dia 11 o Congresso estatuinte da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Lutei para ser um dos delegados, fui escolhido, no entanto, com a mudança de data do Congresso, estou impedido de participar de um dos momentos mais importantes de toda instituição: a discussão do seu destino. Convidado a participar da mesa “Fronteiras da cultura” do 5 Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (5 CBEU), na Universidade Federal do Rio Grade do Sul (UFRGS), que ocorre de 8 a 11 de novembro, não estarei em Manaus. Um ponto fundamental preocupa-me nessa estatuinte: o destino administrativo da Ufam. Há uma corrente que prega o “fim dos departamentos” com a adoção do modelo administrativo dos institutos da Ufam do interior do Estado: uma coordenação acadêmica e uma coordenação administrativa. Outros querem uma Ufam mista, aliás, como já funciona atualmente. O problema, em verdade, é o caos administrativo que isso gera. A Ufam, hoje, é um amontoado de faculdades e institutos. Perdeu a essência do que seja uma unidade, isto é, um instituto, e suas faculdades e cursos. Possui faculdades formadas por apenas um curso e institutos com o mesmo poder das faculdades. Sem contar que a discussão não deve ser iniciada meramente em função do caos administrativo que impera. É preciso se posicionar sobre qual universidade queremos: a tecnicista que o Governo nos empurra goela abaixo ou a humanista que sempre defendemos e sonhamos? Logo, a discussão passa pelo modelo pedagógico (se é que se precisa de um modelo) para, em seguida, pensar em um molde administrativo que se adapte ao horizonte pedagógico que se defende.

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