quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Unir: uma vergonha nacional

O que ocorre na Universidade Federal do Rondônia (Unir) é uma das maiores vergonhas para a sociedade civil brasileira e para os movimentos organizados que lutaram durante anos contra a arbitrariedade nos anos de chumbo da ditadura militar. De posse de um dossiê de 1.500 páginas, com denúncias das mais variadas contra o reitor Januário Amaral, os grevistas daquela universidade foram ao Ministério da Educação e à Casa Civil da Presidência da República. Um dos assessores da Casa foi taxativo: a administração atual tem as bênçãos de uma liderança nacional da executiva do PMDB, portanto, nada seria feito. Ora, não precisa ter nem inteligência mediana para saber que o político rondoniense da executiva nacional do PMDB é o próprio presidente da legenda, senador Waldir Raupp. E saber que a interferência de um político na autonomia da universidade é admitida nos bastidores de Brasília torna mais vergonhosa ainda a atuação da Polícia Federal, que chegou até a prender um professor que observava a desastrosa invasão da sede da Instituição no centro de Porto Velho. Quando dizem que Rondônia é uma “terra de ninguém” há quem proteste. O fatos relacionados a Unir, porém, dão razão a todos os críticos. Não se pode, porém, creditar todos os problemas a Rondônia. A situação pela qual passa a Unir é resultado de uma política pública de troca de favores do Governo Federal que não morreu com o mensalão. E envolve até as administrações superiores das universidades. Lutamos anos e anos para nos libertar desse jugo da mão do Estado e vem justamente um Governo de esquerda para nos impingir tais absurdos. Verdadeiramente lastimável!

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