terça-feira, 15 de julho de 2014

Por ações coordenadas na Educação

Ao que tudo indica, a mera Federalização da Educação Básica, como deseja o Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), apresentada neste espaço, na postagem de ontem, não será a panaceia para a Educação brasileira. Quaisquer que sejam as medidas, antes de tudo, são necessárias ações coordenadas a fim de que mudanças cá não provoquem efeitos danosos lá. Um exemplo claro deste problema foram as adesões das universidades brasileiras ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e uso das notas desta prova para o Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Se por um lado resolveu o problema que muitas universidades que tinham seus vestibulares anulados seguidas vezes por suspeitas de fraudes e quetais, por outro, tornou nacional uma disputa que, antes, era local. Na gênese, a ideia de uma disputa nacional era oferecer ao estudante maiores possibilidades de escolher o curso que desejasse fazer. Na prática, virou a oportunidade que "eu puder" fazer até conseguir a pontuação necessária para mudar de curso. Ações coordenadas exigem visão global dos processos. Promover possibilidades de ingresso com listas e mais listas de chamada significa, lá na ponta, um caos na gestão acadêmica das universidades, com turmas fechadas quase no final do período. Prova de que, em política pública, o fazer deve ser antecedido pelo estudar, pesquisar e planejar exaustivamente para diminuir as possibilidades de erros.

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OBS: Post do dia 14/07/2014

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