segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A atuação profissional tem limites

Sou daqueles que defendo a plena liberdade de formação por entender que o conhecimento existe e pode ser apreendido sempre por quem se dedica em aprofundar, digamos, "o fazer". Embora a liberdade seja plena no que consumo chamar de processo de aquisição do conhecimento, no entanto, jamais será plena no exercício profissional. Vejamos um exemplo prático: é perfeitamente normal que exista médico dedicado às Letras, excelente poeta ou escritor, sem nunca ter cursado o Letras. As habilidades podem ser tranquilamente ao longo do curso, ou até antes de ele ser médico. Pela especificidade do curso de medicina, é pouco provável, porém, que um estudante de Letras, por mais que seja dedicado a estudar medicina ao longo do processo de formação, que se torne um médico habilidoso. O fazer médico é diferente do fazer literário. No limite, as duas habilidades podem ser adquiridas sem que se passe pela escola. No entanto, dificilmente um bom médico cirurgião se forma sem a prática das cirurgias. Assim sendo, se pode concluir que a atuação profissional tem limites e deve se concentrar no campo de atuação de cada profissional no caso de formações extremamente técnicas como é o caso da medicina. Porém, ainda que seja no caso da medicina, o que o mundo do trabalho quer hoje é um profissional com capacidade para ler o próprio mundo e não ser meramente um "passador de receitas" ou atestado médico. Se a atuação profissional tem limites, o conhecimento não.


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