sábado, 1 de novembro de 2014

O que não se aprende na Escola

Hoje, dia 31 de outubro de 2014, faz quatro anos da morte do meu pai, Pedro Paulo Guedes Monteiro, vítima do descaso com que um médico deixou de atendê-lo no Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, minha cidade natal, no Acre. A soma do descaso do médico com a falta de itens básicos no Hospital (descaso da Prefeitura e do Governo do Estado) levaram meu pai a falecer. Não fossem parcos exemplos que ele nos deixou e a formação profunda nos dada pela nossa mãe, Clotilde Alves Vieira Monteiro, muito provavelmente estaríamos a defender a retirada do escalpo do médico. Reagimos na forma que se deve reagir em um Estado democrático de direito. Quatro anos se passaram e nada foi feito: nem para melhor a estrutura do Hospital, nem para punir o médico. O que resta o episódio: a lição de que respeitar os princípios basilares da democracia é muito fácil quando não se vive o problema. Quando o problema é na sua casa, com o seu pai, a dor é muito mais intensa. Porque a democracia dos afetos e das relações não é feita só de amores. Em alguns casos, a dor bate à porta. E é isso o que a Escola não ensina: tolerância e respeito ao outro é um processo de aprendizagem constante. A Escola pode até participar deste processo, mas, só a vida, com suas dores e amores, nos ensinam. Que o meu pai descanse em paz com a certeza de que nenhum dos seus filhos fugiu à luta ou fugirá.

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OBS: Post do dia 31/10/2014

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