sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Saudades do PT e do PSDB

Ontem, enquanto ia ao ar a propaganda eleitoral gratuita do Partido dos Trabalhadores (PT), li, nas Mídias Digitais, reações indignadas de professores e professoras das Universidades e Instituto federais em greve contra panelaços e buzinaços da, digamos, classe média alta. Se não eram reações indignadas, eram ironias ao que parece, à pouca adesão. Cheguei a me beliscar para sentir que eu não estava em outro planeta. Porque não é possível que não passe pela cabeça de nenhum dos servidores públicos federais em greve que parar o País é fragilizar ainda mais o Governo da presidente Dilma Roussef (PT) criar todas as condições possíveis para a volta do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) ao poder. Fico a me perguntar se essas pessoas já esqueceram a última greve sob a égide do PSDB, quando nossos pontos foram cortados e passamos três meses sem receber os salários, que só foram devolvidos em função de uma ação judicial. Se não é cegueira, é uma insanidade coletiva. Com o cenário econômico internacional, os servidores públicos federais podem até parar o País, mas, não haverá reajuste salarial superior ao oferecido, parafraseando a própria presidente em campanha, “nem que a vaca tussa”. Achar que o Governo recuará no ajuste fiscal previsto, só para quem acredita em duendes. Que o Governo do PT está em frangalhos, não há como negar. Mas, parar o País com uma greve geral dos servidores públicos federais é tirar a última gota de sangue que ainda resta da presidente Dilma. É colaborar diretamente com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e todos os seus asseclas. Oras, se querem derrubar o Governo do PT, que vistam suas camisetas, unam-se à direita mais reacionária deste País e tomem conta das ruas no dia 16. É a melhor data para os servidores públicos federais pararem o País. Com isso, conseguem duas coisas que, pelo jeito, é o objetivo: que o PSDB retorne ao poder e que o PT volte a apoiá-los nas suas greves. Só a saudade incomensurável de que isso aconteça explica o que ocorre atualmente. Reafirmo: se o objetivo for este, o melhor caminho é parar o País a partir do dia 16 e só voltar a trabalhar depois que a presidente Dilma Rousseff for tirada do cargo. Alea jacta est!


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