A Comissão de Educação do Senado Federal
discute uma proposta do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) de “federalização da
Educação Básica”. O argumento do senador é que nas universidades, ou seja na
Educação Superior, nos hoje Institutos Federais, antigas escolas técnicas, o
governo federal “deu certo”. O raciocínio do senador parece ser lógico. Quando
existiram (e onde existiram) as escolas técnicas federais figuravam no topo da
lista das melhores. Transformaram-se em Institutos Federais e parecem manter a excelência.
Grande parte das universidades públicas, tanto as federais quanto as estaduais,
em quaisquer avaliações que se faça, aparecem à frente das particulares. Na
Educação Superior, portanto, o Estado, federal, no caso, como disse o senador, “dá
certo”. Pela proposta do senador, com a federalização da Educação Básica,
haveria uma carreira única, com salário-base de R$ 9 mil. Do ponto de vista
financeiro, certamente, a proposta seduzirá professores em todos os quadrantes
do País. O problema é que para chegar a esse intento, o mesmo senador propõe
transferir a Educação Superior do Ministério da Educação (MEC) para o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A proposta não agrada nem
um pouco professores e professoras das federais. Pelo jeito, trata-se de algo
como “descobrir um santo para cobrir o outro”. A verdade, porém, é que algo
precisa ser feito para mudar o quadro da Educação, no todo, do País. Pagar bem
professores no País inteiro e implantar um padrão nacional mínimo de “qualidade”
talvez seja o caminho. Por mais polêmicas que as sejam, as ideias do senador
Cristóvam Buarque não podem simplesmente deixar de ser discutidas.
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