Erra o Ministério da Educação (MEC), aos
nos impor um exame nacional como o do Ensino Médio (ENEM), erramos todos nós ao
aceitá-los. Como se o Brasil fosse uma massa homogênea de procedimentos no
processo ensino-aprendizagem. Não se pode esquecer que existem peculiaridades
regionais a serem respeitas que, praticamente, inviabilizam a realização de um
exame nacional sem que, ao final do processo, mais injustiças sejam cometidas
que acertos. Esse é o problema crucial do ENEM e o de qualquer política pública
que queira tratar o Brasil como uma homogeneidade de procedimentos. Ou nos
voltamos contra isso ou assumiremos a nossa incapacidade de defender as
peculiaridades regionais que nos fazem um País único, porém, uma Nação cuja
base é a diversidade. E para respeitarmos essa diversidade, somos obrigados a
reconhecê-la. Ao reconhecê-la, por outro lado, temos de dizer um “não”
peremptório ao processo de padronização da Educação nacional. Esse é o maior
desafio de nós, educadores: respeitar as diversidades e reconhecer as
desigualdades. Isso, porém, também tem de se refletir nas políticas públicas.
Investir na padronização, com é desejo do MEC em relação ao ENEM, fragiliza o
processo educacional do País e o joga naquele patamar do ideário capitalista
“padrão universal”. É contra ele que devemos lutar. Só assim poderemos pensar
em uma Educação socialmente referenciada, inclusiva e de qualidade. Ou chegamos
a esse patamar ou corremos o risco de fenecer ao longo do processo.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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