Há um erro crasso nas universidades
brasileiras, quer públicas, quer particulares: o de focar na “formação para o
mercado”. É como se o mercado fosse uma entidade superior à própria vida. A
função precípua de uma universidade é formar para vida. A vida em sociedade. E
o mercado faz parte delas: da vida e da sociedade. Uma universidade que se
preze, portanto, não pode focar a formação apenas no mercado. Deve, inclusive,
se for necessário, a partir das pesquisas que produz, em todos os níveis, mudar
o mercado. Enquanto o foco for centrado apenas na formação para o mercado a
universidade deixará de cumprir plenamente sua missão de contribuir para
melhorar a vida das pessoas. É mister que o processo de selecionar os entrantes
seja revertido para dar qualidade, em bom nível, aos egressos. Enquanto houver
foco apenas em “selecionar os melhores” nas entradas e não se preocupar com a
saída, ou focar essa saída nas “necessidades do mercado” as Instituições
enfrentarão problemas. Um deles é se preocupar com as notas dos exames de
cursos que medem, na verdade, o desempenho dos estudantes e não da IES. Fosse a
preocupação centrada na saída (ou seja, nos egressos) como valor intrínseco ao
processo de formação, o desempenho dos estudantes, em exames domo o Enade, por
exemplo, não apresentaria os problemas hoje enfrentados. Mudar a perspectiva do
“olhar institucional” é um bom passo para se atingir a excelência.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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