Um dos envolvidos nas investigações
da Polícia Federal sobre o tráfico de influências em agências de órgão do
Governo, o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira,
obteve a senha de um funcionário do Ministério da Educação (MEC) que permitia
mudanças nos parâmetros financeiros das faculdades. Com isso, Vieira adulterou
dados relativos a uma Faculdade da família dele a fim de obter mais recursos
financeiros do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Programa de
Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com o jornal Folha
de S. Paulo, a Polícia Federal gravou as conversas de Vieira com seu
interlocutor no MEC no dia 24 de março deste ano. O fato é que esse tipo de
ação deixa dúvidas sobre o sistema eletrônico montado pelo MEC. Hoje em dia,
até as avaliações feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais
Anysio Teixeira (Inep) são feitas totalmente online. Quando um dono de
Faculdade se infiltra dentro do MEC por meio das relações que mantém dentro do
próprio Governo isso espalha desconfiança em todo o sistema. Será que foi o
único caso de adulteração em dados de uma Faculdade? Efetivamente o MEC tem
controle sobre as verbas distribuídas em programas como o Prouni e o Fies? É
fundamental que essas dúvidas sejam desfeitas imediatamente para que não fique
a impressão de que não se trata de um caso isolado. Quando os dados
institucionais são passíveis de adulteração, todo o sistema fica comprometido.
O MEC tem o dever de fazer uma auditoria em todos os dados das demais IES do
País para verificar se não há indícios de novas fraudes. Trata-se de uso
indevido do dinheiro público que precisa ser severamente investigado a fim de
que a prática seja coibida.
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