O Governo Federal, por meio do Ministério da
Educação (MEC) criou mais um mecanismo para por em prática a política de “o
estado mínimo na Educação”. A partir do ano que vem o Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies) será ampliado e permitirá que estudantes financiem, a juros
de pai pra filho, seus cursos de Mestrado ou Doutorado nas instituições
particulares. Na prática, ao invés de investir nas universidades públicas, o
Governo transfere recursos para a iniciativa privada. Há quem argumente que se
trata de mais uma forma de criar oportunidades para que estudantes cursem
Mestrado e Doutorado. Não deixa de sê-lo. No entanto, é o tipo de política,
como o Prouni, por exemplo, pouco afeita aos governos ditos de “esquerda” ou “dos
trabalhadores” como se autoproclamam. Era de se esperar que um Governo do
Partido dos Trabalhadores (PT) não se utilizasse tão maciçamente de “políticas
públicas neoliberais”. A medida, inegavelmente, auxiliará estudantes. No
entanto, “dará uma mãozinha” muito maior às Instituições privadas, cujos cursos
possuem mensalidades altíssimas e, muitos deles, encontram sérias dificuldades
para “fechar turmas”. Com o Fies ampliado, essas Instituições respirarão um
pouco mais aliviadas. Particularmente, entendo que a prestação de serviços
educacionais pela iniciativa privada é uma atividade de risco como outra
qualquer. Dessa forma, os programas de Mestrado e Doutorado devem mesmo ter
mensalidades nada baratas a fim de manterem o negócio. Destinam-se, porém,
àqueles que querem e podem pagar pelos cursos oferecidos. Financiá-los com
dinheiro público não me parece a política pública mais correta. Sei que o tema
é controverso e permite vários olhares. Que, pelo menos, as pessoas reflitam
mais sobre o assunto.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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Olá Gilson,
ResponderExcluirParabéns pelo Blog. Tenho acompanhado suas matérias rotineiramente e espero que continue publicizando as mazelas com a educação pública de nosso país.
um forte abraço e a luta é contínua.
Alexandre P. Machado
FM/UFMT