sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Homenagem ao pesquisador Juan Diaz Bodernave


No dia 9 de maio deste ano, neste espaço, publiquei “O novo mundo possível de Juan Bodernave”. Relatava um pouco da palestra e do meu encontro com um dos maiores pesquisadores da área. Hoje, publico novamente o mesmo texto como homenagem em função da morte, na madrugada de ontem, de Juan Diaz Bodernave: “Com o título “La comunicacion y el nuevo mundo posible” o professor paraguaio, Juan Diaz Bodernave, foi o responsável pela Conferência de Abertura do XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic), no Auditório da Faculdade de Direito da Universidad de La República Uruguay. Ele iniciou a conferência lembrando a sua origem paraguaia para dizer que “os guaranis acreditavam em uma terra sem males”, portanto, “outro mundo era possível.” Para ele o modelo civilizatório do mundo ocidental ruiu, pois era baseado em dois elementos devastadores: lucro e acumulação de capital são devastadores. Na fala, ressaltou que só há resistência ao modelo capitalista atualmente nas religiões mundiais, em alguns indígenas primitivos e nas teorias políticas avançadas. Resistir ao modelo e enfrentá-lo requer a destruição do mito de que existe uma superioridade do pensamento ocidental e do progresso com as bases atuais. “É preciso resignificar os conceitos de desenvolvimento e progresso e de que Democracia só existe no capitalismo.” No campo da Comunicação é fundamental varrer o que Bodernave denominou de Epistemologia Colonial, cuja base é racionalista. “Devemos substituir o penso, logo existo, de Descartes, pelo penso, sinto, atuo; logo existo.” O professor defendeu, também, o retorno de uma ética social. Relembrou que Stalin, em nome de determinada racionalidade, matou centenas de camponeses. “Não se pode ter liberdade e igualdade sem fraternidade”, repetiu. Bodernave diz que o ressurgimento da ideia de terra, mulher e sagrado é o que indica a direção desse “novo mundo possível”. O respeito ao lugar, as qualidades femininas e o sagrado são, portanto, os elementos desse novo mundo possível.”

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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