No dia 9 de maio deste ano, neste
espaço, publiquei “O novo mundo possível de Juan Bodernave”. Relatava um pouco
da palestra e do meu encontro com um dos maiores pesquisadores da área. Hoje,
publico novamente o mesmo texto como homenagem em função da morte, na madrugada
de ontem, de Juan Diaz Bodernave: “Com o título “La comunicacion y el nuevo
mundo posible” o professor paraguaio, Juan Diaz Bodernave, foi o responsável
pela Conferência de Abertura do XI Congresso Latinoamericano de Investigadores
da Comunicação (Alaic), no Auditório da Faculdade de Direito da Universidad de
La República Uruguay. Ele iniciou a conferência lembrando a sua origem
paraguaia para dizer que “os guaranis acreditavam em uma terra sem males”,
portanto, “outro mundo era possível.” Para ele o modelo civilizatório do mundo
ocidental ruiu, pois era baseado em dois elementos devastadores: lucro e
acumulação de capital são devastadores. Na fala, ressaltou que só há
resistência ao modelo capitalista atualmente nas religiões mundiais, em alguns
indígenas primitivos e nas teorias políticas avançadas. Resistir ao modelo e
enfrentá-lo requer a destruição do mito de que existe uma superioridade do
pensamento ocidental e do progresso com as bases atuais. “É preciso
resignificar os conceitos de desenvolvimento e progresso e de que Democracia só
existe no capitalismo.” No campo da Comunicação é fundamental varrer o que
Bodernave denominou de Epistemologia Colonial, cuja base é racionalista.
“Devemos substituir o penso, logo existo, de Descartes, pelo penso, sinto,
atuo; logo existo.” O professor defendeu, também, o retorno de uma ética
social. Relembrou que Stalin, em nome de determinada racionalidade, matou
centenas de camponeses. “Não se pode ter liberdade e igualdade sem
fraternidade”, repetiu. Bodernave diz que o ressurgimento da ideia de terra,
mulher e sagrado é o que indica a direção desse “novo mundo possível”. O
respeito ao lugar, as qualidades femininas e o sagrado são, portanto, os
elementos desse novo mundo possível.”
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.