sábado, 24 de novembro de 2012

Precisamos revolucionar a mente dos educadores


Nas duas vezes que participei como candidato a reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), defendi que, antes de qualquer mudança na estrutura administrativa, se faz necessário, não apenas na Ufam, mas, na universidade brasileira, uma “revolução didático-pedagógica”. Hoje, tenho convicção de que as proposições feitas há quase oito anos, são ainda mais necessárias. Antes de mais verbas para “manutenção e custeio”, todas as universidades brasileiras, sem nenhuma exceção, precisam de uma “revolução nas mentes” dos professores, para que, enfim, sejam transformados em educadores. Uma prova cabal disso é uma imagem que circula pela Internet há dias. Vejam!

Trata-se de uma suposta prova de História (e digo suposta porque não se tem como provar como verdadeira nenhuma dessas mensagens que circulam pela Internet), aplicada pelo professor João Pereira Barreto (outra prática nada ética, pois seu nome não deveria ser divulgado. Só o faço porque não sei como apagá-lo da imagem que recebi), da Série Segundo Ano B, do Colégio Estadual Carlos Drumond de Andrade. A questão seria “Faça um resumo sobre a Segunda Guerra Mundial”. O professor elogia a criatividade do estudante com uma observação, mas, atribui a nota zero. Aliás, cois zerinhos bem desenhados, um ao lado do outro, separados por vírgula. Brilhantemente, com o uso de onomatopeias, o estudante faz o que, talvez, nenhum historiador tenha feito, como resumo da Segunda Guerra Mundial, em 10 linhas. Sua criatividade e presença de espírito foram avaliadas como nota zero. Talvez um zero para a criatividade e o outro para a presença de espírito. Brincadeiras à parte, essa é mais uma prova de que não se pratica avaliação na escola brasileira e sim a mera medição. Seja verdadeira ou falsa a prova que circula na Internet, é capaz de gerar uma tese sobre a visão estreita de educação e de avaliação de grande parte dos professores brasileiros. Ou se faz essa “revolução nas mentes” ou fracassaremos como educadores em todos os níveis.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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