Nas duas vezes que participei como
candidato a reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), defendi que,
antes de qualquer mudança na estrutura administrativa, se faz necessário, não
apenas na Ufam, mas, na universidade brasileira, uma “revolução
didático-pedagógica”. Hoje, tenho convicção de que as proposições feitas há
quase oito anos, são ainda mais necessárias. Antes de mais verbas para “manutenção
e custeio”, todas as universidades brasileiras, sem nenhuma exceção, precisam
de uma “revolução nas mentes” dos professores, para que, enfim, sejam
transformados em educadores. Uma prova cabal disso é uma imagem que circula
pela Internet há dias. Vejam!
Trata-se de uma suposta prova de
História (e digo suposta porque não se tem como provar como verdadeira nenhuma
dessas mensagens que circulam pela Internet), aplicada pelo professor João
Pereira Barreto (outra prática nada ética, pois seu nome não deveria ser
divulgado. Só o faço porque não sei como apagá-lo da imagem que recebi), da
Série Segundo Ano B, do Colégio Estadual Carlos Drumond de Andrade. A questão
seria “Faça um resumo sobre a Segunda Guerra Mundial”. O professor elogia a
criatividade do estudante com uma observação, mas, atribui a nota zero. Aliás,
cois zerinhos bem desenhados, um ao lado do outro, separados por vírgula.
Brilhantemente, com o uso de onomatopeias, o estudante faz o que, talvez,
nenhum historiador tenha feito, como resumo da Segunda Guerra Mundial, em 10
linhas. Sua criatividade e presença de espírito foram avaliadas como nota zero.
Talvez um zero para a criatividade e o outro para a presença de espírito.
Brincadeiras à parte, essa é mais uma prova de que não se pratica avaliação na
escola brasileira e sim a mera medição. Seja verdadeira ou falsa a prova que
circula na Internet, é capaz de gerar uma tese sobre a visão estreita de
educação e de avaliação de grande parte dos professores brasileiros. Ou se faz
essa “revolução nas mentes” ou fracassaremos como educadores em todos os
níveis.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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