quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A formação profissional que precisa ser repensada


Hoje deparei com dois fatos que chamaram a atenção e me fizeram refletir sobre a formação profissional no Brasil. O primeiro deles foi o um falso médico, no interior de Minas Gerais, ter feito parte do quadro de médicos da prefeitura da cidade sem nunca ser incomodado. Sem entrar em detalhes quando ao nome da cidade, o que impressiona, do pronto de vista da “formação” é o fato de um “falso médico” se misturar aos profissionais “formados” durante anos nas universidades e o “cliente” (o povo) não “notar” nenhuma diferença nos procedimentos. É de se perguntar: o que há de errado nesse processo se, no atendimento, um médico tradicional  não consegue se diferençar de um falso médico? Matutava sobre o assunto, a dirigir meu carro, enquanto ouvia o noticiário de uma rádio cuja programação é dominada preponderantemente por notícias. O locutor noticiava o incêndio na Sede Náutica do Clube de Regatas do Flamengo quando, de repente, anunciou que sócios do clube adversários da atual presidente, Patrícia Amorim, denunciaram que não há nenhuma preocupação com a segurança pois, os “hidratantes” daquela área afetada pelo incêndio não funcionam. Tomei um susto mas fiquei a imaginar, cá com meus botões: se um médico comete o mesmo tipo de erro daquele radialista, ao trocar hidrante por hidratante, qual tipo de estrago faria na vida de alguém? Há que se rediscutir, com profundidade, o processo de formação nas universidades brasileiras. Qualquer que seja a profissão, não se pode admitir que um profissional confundisse “hidratante” com hidrante. Talvez equivalesse a imaginar que um pediatra é o médico especialista no tratamento dos pés. De início, parece cômico, mas, é trágico quando esse tipo de erro indica falhas gravíssimas no processo de formação. Mais ainda, quando essa formação profissional destina-se ao trato com a vida humana. Nossa responsabilidade como educadores tem de ser repensada quando deixamos que profissionais saiam das universidades sem adquirir habilidades básicas para o exercício profissional. E, no caso dos jornalistas e radialistas, e dos profissionais de comunicação em geral, o domínio básico da Língua Portuguesa é essencial.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.