Qual, afinal, o papel da Escola, em
todos os níveis, na vida das pessoas? Ser um dos aparelhos do Estado para
ajudar na organização da vida em sociedade ou contribuir para que as pessoas
entendam a dinâmica da própria vida? Com o perdão dos paulofreireanos,
montessorianos e demais defensores da “escola libertadora”, caso o papel seja o
primeiro, “ajudar na organização da vida em sociedade”, a Escola (inclusive a
universidade) não passa de um “aparelho ideológico do Estado” como bem defendia
Louis Althusser. Portanto, se assim o for, jamais poderá sê-lo contraditoriamente
libertadora. Ao contrário, será sempre conformadora e defenderá, a conformação
como regra. Certamente, esse é um dos motivos de a Escola atual ser a maior
porta-voz do discurso libertador, no entanto, na prática, ser castradora. A
contradição existencial da Escola é essa: querer ser o lócus de entendimento da
dinâmica da vida e funcionar como aparelho de Estado para a conformação dos
seres às regras de organização da vida em sociedade. Como a universidade, por
exemplo, pode formar um ser “autônomo”, “livre” e pronto para as descobertas
se, ao longo da vida, esse mesmo ser foi “educado” para dependência, prisão e
conformismo? Enquanto todo o processo educacional não for “libertador”, a
partir do próprio núcleo familiar, vejo poucas possibilidades de a universidade,
ao fim de tudo, ser esse “instrumento de libertação e descobertas”. Avançar no
sentido de derrubar esse muro da contradição talvez seja o caminho para o que
denomino de “revolução didático-pedagógica” essencial para que a universidade
cumpra seu principal papel: de universalização dos saberes. E, claro, ajudar as
pessoas a entender a dinâmica da vida.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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