Durante anos fui até vítima da chacota e
da raiva de alguns colegas professores por afirmar, e hoje reafirmo ainda mais,
que a política neoliberal de o “Estado mínimo na Educação” brasileira foi
implantada no Governo Fernando Henrique Cardoso, refinada no Governo Luiz
Inácio Lula da Silva e aprimorada ainda mais no Governo Dilma Rousseff. O que
me fez chegar a essa conclusão foi observar que, ao longo dos anos, pelo menos
na Economia e na Educação, os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) quando
mudou alguma vírgula nas políticas do Governo FHC, foi para reforçar práticas
neoliberais ou aprimorá-las. O cânone neoliberal passa pela privatização do
ensino público, a fragmentação do trabalho docente e a perda da autonomia dos
professores (e das próprias universidades). Se não incentivou o processo de
privatização do ensino público de forma direta, como o fez FHC, Lula e Dilma, o
privatizaram por dentro, à base de programas e competição via editais. Essa
competição entre pares leva à fragmentação da carreira, faz com que a unidade
da categoria dos docentes também seja fragmentada, sem falar na perda de
autonomia dos professores, em função dessa própria competição e da precarização
da carreira. Por defender e aplicar esse cânone de forma competente na
Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro, Cláudia Costin
foi indicada para a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. A
se confirmar a ida de Costin para o MEC, confirma-se o viés neoliberal deste Governo.
Alguém ainda duvida?
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