quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Estudantes de Mestrado em Letras vão à Justiça


Hoje pela manhã, ouvi em uma rádio local, uma reportagem na qual “estudantes do Mestrado em Letras” da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ameaçam ir à Justiça para garantir o direito de defenderem as dissertações. Não vejo problema nenhum que qualquer pessoa, ao se sentir com seu direito ferido, procure a Justiça para que tente corrigir a situação de injustiça por ela alegada. A tal estudante do Mestrado em Letras “que não quis se identificar”, porém, proferiu uma série de inverdades que, levadas ao ar em uma rádio da cidade, tendem a jogar a opinião pública contra nós, os professores em greve e não contribuem em nada para que o problema maior que é o descaso do Governo Federal em relação à categoria dos docentes em greve seja solucionado. As inverdades fora tantas que, me parecem, tinham o fim não de solucionar o problema das estudantes (ela disse não ser só ela), mas, de ferir não só os grevistas, mas também, o Comando Local de Greve (CLG). A primeira alegação de que professores de fora, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), viriam para compor a Banca de Defesa da referida candidata não procede. A não ser que a própria coordenação do Mestrado em Letras tenha solicitado a passagem ilegalmente e marcado a defesa. Como o período letivo foi suspenso, não apenas para os cursos de Graduação, marcar defesas em Pós-graduação em período de greve, é, com a máxima boa vontade, furar a greve. Portanto, a passagem do professor que faria parte da banca nem deveria ser solicitada pela coordenação do Mestrado. Se o fez, tem de arcar com as consequências do ato. Alegar que serão jubilados se não defenderem no período previsto para a finalização do curso só pode ser visto, mais uma vez, como forma de tentar jogar a população contra os professores e professoras em greve. Quando uma categoria entra em greve, da mesma forma que o trabalho é suspenso, os prazos também o são. Assim sendo, enquanto a greve não for finalizada, é ilegal e impossível que os estudantes de qualquer nível sejam jubilados. Se os jubilarem, aí sim, essas estudantes estariam “com a faca e o queijo” à mão para ganhar a ação judicial. Ir à justiça é um direito. Ameaçar fazê-lo por meio da mídia parece mais uma tentativa de intimidação.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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