Por conta da postagem de ontem,
publicada somente hoje neste espaço denominada “Márcia Perales candidatíssima à
reeleição”, recebi o seguinte comentário de um dos meus leitores, o qual
prefiro não identificar: “meu caro Prof. Gilson, sempre leio o seu blog e
confesso que gosto muito das suas colocações. Seria interessante você escrever
algo sobre este megaprojeto de Pós-graduação que foi apresentado nesta terça-feira....na
beira de uma reeleição... em 2010 a CAPES tinha apresentado as avaliações das
pós da UFAM, quase todos ruins.. e nao foi feito nada, agora no final do
trienal vem apresentar um projeto... o que fizeram nestes 3 anos....????? e
vejo os cursos de graduação um fracasso, biologia pode até ser fechado!!!!!!!
Não entendo como falam em termos pós de excelência com graduação fraca, a PROEG
e PROPESP trabalham descorrelacionadas... nao existe um MEGAprojeto para
melhoria da graduação? Não dão atenção para a graduação, podemos ver as salas
de aula sem professor, infraestrutura,....um descaso total e sabido pela atual
e outras gestões, viram a cara e que os alunos deem o seu jeito.....tem gerador
para administração, espaço físico para convivência (mini-shopping), mas falta
energia nos blocos de sala de aula, não temos uma biblioteca (prioridade zero),
ate já escutei de gente afirmando que biblioteca não é prioridade (temos livros
virtuais), e olha que foi falado por um pró-reitor!!! fico triste em ter um
universidade sem meta a ser atingida, falam em numero e não em qualidade.” Pois
bem, meu caro leitor. Não sei se você se recorda que elegemos a melhoria do
ensino de graduação como prioridade zero do nosso projeto de candidatura à
eleição para reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em 2004. Por
entender, exatamente, que sem uma graduação de excelência não teremos Pós de
qualidade. Nosso projeto foi derrotado por duas vezes. Curiosamente, no
lançamento do programa “Todos pela Pós-graduação”, o diretor de avaliação da
Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lívio Amaral,
apresentou dados para corroborar sua própria afirmação: “nós, a pós-graduação,
somos seres em fase de extinção”. Sua afirmação, na hora de forma bem-humorada,
foi para comentar uma tragédia brasileira: os programas de Pós, a cada dia,
recebem menos estudantes com o nível de excelência que precisam exatamente
porque há uma crise generalizada nos cursos de graduação no Brasil inteiro.
Paralelo a um PAC-Pós, deveria haver um PAC-Grad. Todas as ações de uma
universidade devem convergir para o processo de formação com o fim do exercício
pleno da cidadania. E isso passa por cursos de graduação forte, pois, como
disse Lívio Amaral, os cursos de Pós, são candidatos à extinção caso os cursos
de graduação não superem os problemas atuais. Todos pela universidade
excelência em todos os níveis. Talvez esse fosse o mote ideal.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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