segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ICHL inicia processo de avaliação da Pós-graduação


O Instituto de Ciências Humanas de Letras (ICHL) iniciou hoje, às 9h, dois dias de seminário para discutir e avaliar os sete programas de Pós-graduação do Instituto. Além do mais antigo deles, o Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), o ICHL possui Pós-graduação em Geografia, História, Comunicação, Serviço Social, Ciências Sociais e Letras. O encontro é uma reivindicação que surgiu desde a ampliação do número de programas, antes apenas o PPGSCA, e, agora, mais seis programas, o que totaliza sete programas. O objetivo do Encontro é evoluir para uma a criação de um Fórum dos Programas de Pós-Graduação do ICHL com o fim de discutir políticas do Instituto voltadas para a pesquisa que levem em conta ações administrativas, pedagógicas e estratégicas para, em conjunto, elevar o nível dos Programas do ICHL. O Seminário, curiosamente, ocorre exatamente no momento em que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) lança um Programa de Apoio à Consolidação da Pós-Graduação (PACPG), amanhã, às 9h, no Auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES). Toda essa movimentação significa que nem a Administração Superior nem os Institutos, no caso o ICHL, aceitam mais a condição de cursos avaliados com nota 3. Particularmente, costumo dizer que a nota 3 é a “alfabetização da Pós-graduação”, logo, uma universidade não pode se contentar que seus programas sejam permanentemente notas 3. Tanto assim o é que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) descredenciam cursos que permanecem como nota 3 ao longo de três triênios. Por mais que alguns professores reclamem do “rigor excessivo” da Capes, não me parece tanto rigor deixar que um programa permaneça nove anos com a mesma nota. O tempo de quase uma década para que um curso saia do patamar inicial parece, ao contrário, bastante razoável. O problema é que a Capes não possui recursos suficientes para financiar os programas a ponto de incentivá-los a elevar a nota. Vários fatores interferem no processo de avaliação, o maior deles, a exigência de produtividade de dois artigos ou capítulos de livros por ano, o que dá um total de seis artigos ou capítulos ao final de um trimestre. Logo, quando se autoriza um novo Programa de Pós-graduação, é necessário investimento, por exemplo, na contratação de pessoal técnico-administrativo e de professores. Sem isso, as condições para a produção científica ficam prejudicadas. Assim, o Seminário de Avaliação do ICHL é uma tentativa de se aperfeiçoar ações em conjunto capazes de elevar o nível da Pós-graduação da Ufam e do ICHL.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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