terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um kit-tecnológico para cada professor universitário


Em função da necessidade de viajar amanhã, negocie com o professor Allan Rodrigues o uso, por ele, do horário da quinta-feira, das 8h às 12h, na turma do quarto módulo do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no qual eu ministraria a aula. Por uma questão de princípio e em respeito aos estudantes, combinei com o professor Allan Rodrigues que, juntos, comunicaríamos os estudantes as mudanças por nós negociadas. Eis que o professor Allan Rodrigues, por volta das 8h15h, se aproxima com uma mala média, daquelas de viagem (e de rodinhas) a fazer um barulho médio em função do piso que dá acesso à sala de aula, no novo bloco do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), entregue recentemente. Antes de iniciar a aula e de explicarmos a mudança, o professor abre a mala e começa a retirar dela desde os adaptadores de tomadas às extensões, passando pelo projeto de multimeios e pelo próprio computador. Brinquei com ele: ”seria interessante se cada professor recebesse uma mala dessas com o seu kit sala e aula”. Acrescentei que seria mais barato e evitaria a universidade ter despesas constantes com equipamentos roubados e diminuiria a necessidade de uma vigilância mais ostensiva. Terminada a conversa com os estudantes saí com aquela ideia na cabeça: não será mesmo, inclusive mais econômico, se pensar em um projeto similar ao “Um computador por aluno (UCA)” para os professores das universidades públicas brasileiras? Ou, na pior das hipóteses, se criar uma linha de financiamento para a compra de algo como a “mala-professor”, com todos os equipamentos básicos para que se faça, em sala de aula, apresentações de material em áudio e vídeo, como apoio para o processo ensino-aprendizagem? O que não se pode aceitar é que, em pleno Século XXI, na era da sociedade da informação ou quaisquer nomes que se queira dar, a sala de aula ainda seja um espaço com carteiras tradicionais e um espaço em branco para que os professores e professoras rabisquem suas impressões a respeito de alguns temas da aula. “Os homens de Brasília, que não podem ser eternos...” como diria Celso Viáfora na música “Não vou sair” precisam pensar em algo que transforme as salas de aulas efetivamente em espaços de criação e troca de saberes. Usar a tecnologia favoravelmente em prol da melhoria até da aula tradicional pode ser o primeiro passo.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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