Em função da necessidade de
viajar amanhã, negocie com o professor Allan Rodrigues o uso, por ele, do
horário da quinta-feira, das 8h às 12h, na turma do quarto módulo do curso de
Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no qual eu ministraria a
aula. Por uma questão de princípio e em respeito aos estudantes, combinei com o
professor Allan Rodrigues que, juntos, comunicaríamos os estudantes as mudanças
por nós negociadas. Eis que o professor Allan Rodrigues, por volta das 8h15h,
se aproxima com uma mala média, daquelas de viagem (e de rodinhas) a fazer um
barulho médio em função do piso que dá acesso à sala de aula, no novo bloco do
Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), entregue recentemente. Antes de
iniciar a aula e de explicarmos a mudança, o professor abre a mala e começa a
retirar dela desde os adaptadores de tomadas às extensões, passando pelo
projeto de multimeios e pelo próprio computador. Brinquei com ele: ”seria
interessante se cada professor recebesse uma mala dessas com o seu kit sala e
aula”. Acrescentei que seria mais barato e evitaria a universidade ter despesas
constantes com equipamentos roubados e diminuiria a necessidade de uma
vigilância mais ostensiva. Terminada a conversa com os estudantes saí com
aquela ideia na cabeça: não será mesmo, inclusive mais econômico, se pensar em
um projeto similar ao “Um computador por aluno (UCA)” para os professores das
universidades públicas brasileiras? Ou, na pior das hipóteses, se criar uma
linha de financiamento para a compra de algo como a “mala-professor”, com todos
os equipamentos básicos para que se faça, em sala de aula, apresentações de
material em áudio e vídeo, como apoio para o processo ensino-aprendizagem? O
que não se pode aceitar é que, em pleno Século XXI, na era da sociedade da
informação ou quaisquer nomes que se queira dar, a sala de aula ainda seja um
espaço com carteiras tradicionais e um espaço em branco para que os professores
e professoras rabisquem suas impressões a respeito de alguns temas da aula. “Os
homens de Brasília, que não podem ser eternos...” como diria Celso Viáfora na
música “Não vou sair” precisam pensar em algo que transforme as salas de aulas
efetivamente em espaços de criação e troca de saberes. Usar a tecnologia favoravelmente
em prol da melhoria até da aula tradicional pode ser o primeiro passo.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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