Dados específicos do Índice
Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação (MEC) revelam que estão
localizadas em Manaus sete das piores faculdades do País e todas são
particulares. O número representa 41% do total das faculdades estabelecidas na
capital do Estado. A pior nota foi da Faculdade Boas Novas (FBN) que atingiu
apenas o IG 1. As outras seis que tiveram IGC 2 foram: Ulbra, Ciesa, IEAS,
Materdei e Táhirih. Pela legislação em vigor, essas faculdades receberão
visitas de avaliadores do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anysio
Teixeira (Inep) e de autoridades do MEC para firmarem um “termo de ajustamento
de conduta”. Quem não cumprir as metas poderá, inclusive, ser fechada. De
imediato, não terão examinados os pedidos de abertura de novos cursos e podem
ser obrigadas a diminuir o número de estudantes por turma ou até fechar algumas
turmas existentes. Além disso, pela Lei, essas IES com IGC entre 1 e 2 não
poderão participar de programas como o Programa Universidade para Todos
(ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O que preocupa, também, não
é apenas o desempenho pífio dessas IES particulares. Há que se levar em conta e
acender uma luz vermelha para as três Instituições de Ensino Superior públicas
do Estado do Amazonas: Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Todas elas
obtiveram IGC 3, desempenho que pode ser considerado pouco confortável se
comparado ao desempenho das demais particulares que correm o risco de fechar.
Governo Federal, Governo do Estado e Prefeitura Municipal deveriam unir
esforços e promoverem uma ampla discussão sobre o processo de Educação no
Estado e firmarem metas comuns para mudar o quadro do Estado em todos os
níveis. Manter desempenho tão pífio em avaliações futuras compromete o futuro
da Educação no Estado para os próximos 20 anos.
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