Hoje,
ao ir para (e ao voltar da) a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vi cabos
de alta tensão da nova rede elétrica no chão. Certamente o temporal, com o
auxílio das árvores próximas aos postes, derrubaram os cabos, e alguns postes.
Um filme voltou à mente: a disputa para a reitoria da Ufam em 2009. Tínhamos
duas propostas para solucionar o problema permanente da queda de árvores e galhos
que afetam a rede de distribuição que liga os setores Norte e Sul da Ufam. A
mais cara delas, porém, que solucionaria definitivamente o problema, de acordo
com os nossos assessores da época, seriam os cabos enterrados. Com isso, postes
seriam eliminados, os cabos, ao invés de expostos, ficaram embaixo da terra. As
constantes quedas de árvores, que terminam por provocar quedas de energia,
praticamente inexistiriam. A segunda proposta por nós defendida, também
indicada por nossos assessores, seria deslocar os postes para o centro da
pista, alargá-las dos dois lados e praticamente anular a possibilidade de
galhos e árvores afetarem a rede de distribuição de energia elétrica. Um dos
nossos apoiadores mais criativos sugeriu, inclusive, que, para o percurso entre
um setor e outro, a integração poderia ser feita por meio de ônibus elétricos
ou bondinhos, uma vez que os postes com a fiação ficariam no meio da estrada.
Os maledicentes passaram a dizer que eu e minha equipe éramos um “bando de
porraloucas” por causa da proposta. Há algo de inexequível em uma proposta
dessas? Pela ousadia e a inovação que representavam talvez se explique a reação
dos mais reacionários. No fim das contas, a Administração da Ufam optou pela
pior das soluções, que nós não defendemos durante a campanha. Talvez por ser a
mais barata: substituir os postes e cocolar novos cabos aéreos. Ao passar pelo
local hoje, quase quatro nos depois, tive a certeza que nossos apoiadores
estavam corretos ao apontarem as duas melhores soluções, ousadas e inovadoras,
por certo. Porém, mais caras. O estrago provocado pela queda das árvores, que
terminou por derrubar postes e parte da rede, deixa claro que ainda é preciso
uma decisão política que resolva de vez o problema. Talvez, todos juntos,
inclusive a administração superior, tenhamos de perder o medo de sermos inovadores
e ousados. É mais caro, mas, dura mais tempo e se transforma em legado para as
futuras gerações.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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