sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cabos e postes derrubados pelo temporal na Ufam


Hoje, ao ir para (e ao voltar da) a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vi cabos de alta tensão da nova rede elétrica no chão. Certamente o temporal, com o auxílio das árvores próximas aos postes, derrubaram os cabos, e alguns postes. Um filme voltou à mente: a disputa para a reitoria da Ufam em 2009. Tínhamos duas propostas para solucionar o problema permanente da queda de árvores e galhos que afetam a rede de distribuição que liga os setores Norte e Sul da Ufam. A mais cara delas, porém, que solucionaria definitivamente o problema, de acordo com os nossos assessores da época, seriam os cabos enterrados. Com isso, postes seriam eliminados, os cabos, ao invés de expostos, ficaram embaixo da terra. As constantes quedas de árvores, que terminam por provocar quedas de energia, praticamente inexistiriam. A segunda proposta por nós defendida, também indicada por nossos assessores, seria deslocar os postes para o centro da pista, alargá-las dos dois lados e praticamente anular a possibilidade de galhos e árvores afetarem a rede de distribuição de energia elétrica. Um dos nossos apoiadores mais criativos sugeriu, inclusive, que, para o percurso entre um setor e outro, a integração poderia ser feita por meio de ônibus elétricos ou bondinhos, uma vez que os postes com a fiação ficariam no meio da estrada. Os maledicentes passaram a dizer que eu e minha equipe éramos um “bando de porraloucas” por causa da proposta. Há algo de inexequível em uma proposta dessas? Pela ousadia e a inovação que representavam talvez se explique a reação dos mais reacionários. No fim das contas, a Administração da Ufam optou pela pior das soluções, que nós não defendemos durante a campanha. Talvez por ser a mais barata: substituir os postes e cocolar novos cabos aéreos. Ao passar pelo local hoje, quase quatro nos depois, tive a certeza que nossos apoiadores estavam corretos ao apontarem as duas melhores soluções, ousadas e inovadoras, por certo. Porém, mais caras. O estrago provocado pela queda das árvores, que terminou por derrubar postes e parte da rede, deixa claro que ainda é preciso uma decisão política que resolva de vez o problema. Talvez, todos juntos, inclusive a administração superior, tenhamos de perder o medo de sermos inovadores e ousados. É mais caro, mas, dura mais tempo e se transforma em legado para as futuras gerações.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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