Certa em cheio a presidente
Dilma Roussef (PT) ao defender que os royalties do petróleo sejam canalizados
integralmente para a Educação. Além da questão da qualidade dos estudantes que
saem das universidades, centros universitários e faculdades, há um problema
mais grave: em algumas áreas faltam profissionais formados, ainda que sejam de
qualidade duvidosa, o que impede o País de crescer a ritmo maior. Para se ter
uma ideia, se o Brasil crescesse 10% ao ano durante 10 anos, ao invés de gerar
benefícios para a comunidade, geraria um caos total caso os investimentos em
Educação mantivesse o patamar atual justamente pela falta de pessoal
qualificado para ser absorvido pela demanda gerada em função desse crescimento
hipotético. No ritmo atual de crescimento, o Brasil já começa a enfrentar
problemas; há 10
áreas nas quais faltam profissionais. A cada ano, por exemplo, 20 mil
postos de trabalho não são preenchidos na área de engenharia porque as
instituições de ensino não dão conta de formar profissionais suficientemente. O
problema é mais uma demonstração de que a questão da Educação Superior
brasileira não é apenas de investimentos, mas, sobretudo, de planejamento. Ao
invés de autorizar cursos de acordo com as solicitações das IES, o MEC deveria
canalizar esforços para que fossem oferecidos, nos mais diversos locais do País,
cursos nessas 10 áreas estratégicas nas quais faltam profissionais. Enquanto
faltam engenheiros, sobram vagas em cursos de Direito, de Norte a Sul, numa
clara demonstração de que há pouca preocupação com a empregabilidade quando se
decide “abrir” um novo curso no País.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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