Poucas unidades da Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) lidam tanto com as diversidades como deveriam
fazê-lo todas as demais quando o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).
Uma aberração administrativa gestada ao longo dos anos na Instituição ameaça,
porém, implodi-lo. Grande parte das unidades administrativas, em função de
interesses individuais e composições políticas danosas, são formadas por
Faculdades de apenas um curso. Eis a primeira a primeira aberração: na Ufam,
por mais absurdo que o seja, Faculdades possuem o mesmo “peso administrativo”
dos Institutos. Em qualquer instituição que se preze, com o mínimo de lógica
administrativa, os Institutos são compostos por Faculdades e essas, por cursos.
Quando um curso adquire força política suficiente para se transformar, sozinho,
em Faculdade, e esta, se transforma em unidade acadêmica equivalente a um
Institutito, embora possua apenas um curso, o caos administrativo se instala.
Eis o dilema atual do ICHL: uma das unidades mais avançadas do ponto de vista
didático-pedagógica, similar às propostas mais modernamente pelos educadores,
corre o risco de ser obrigada a se autoimplodir para atender interesses
meramente administrativos. Uma das poucas unidades da Ufam que não se curvou às
pressões da “divisão do saber” em caixinhas encontra-se em uma encruzilhada: ou
se esfacela como unidade e segue o “andar” sem nexo da carruagem ou perde força
política no processo decisório da Instituição. Lamentável que em uma
universidade os interesses pessoais e as questões menores determinem o caminho
a ser seguido. A invés de incentivar o esfacelamento do ICHL, a Ufam deveria se
unir e diminuir as “caixinhas dos saberes”. Curvar-se às pressões
administrativas é perder a essência de universalização e religação dos saberes.
Essa universidade em que os interesses administrativos superam os interesses
pedagógicos me envergonha. É lamentável!
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