quinta-feira, 7 de março de 2013

A modernização da universidade brasileira


A modernização da universidade brasileira não passa meramente por mudanças "de perfumaria" na estrutura administrativa. É preciso, antes de tudo, que se mudem as mentes e corações. Que os corredores deixem de ser espaço para meras fofocas e aleivosias. É mister que haja, antes de tudo, uma mudança cultural das mais radicais para que alguns princípios se transformem em regra para quaisquer dos grupos que nela convivem. Um deles é o princípio da liberdade, inclusive de cátedra. Esse deve ser defendido com unhas e dentes. Não se pode admitir, por exemplo, que governos municipais, como é o caso dos cinco municípios nos quais a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) possuem campi, interfiram na autonomia da universidades e exijam quaisquer tipos de punição aos professores, técnicos e até estudantes por se "sentirem ofendidos". A Ufam inteira deve repudiar veementemente a pressão vinda das prefeituras e não ceder a nenhum tipo de chantagem ou ameaça. Descontentes com o que se fala em sala de aula, alguns prefeitos, que se consideram os donos da cidade, ameaçam cortar convênios caso a sanha ditatorial deles não seja aceita pela universidade. Convênios estabelecidos entre prefeituras e a Ufam, por exemplo, nas cidades do interior, possuem como objetivo final o bem-comum. Estão acima de quaisquer "picuinhas" e "zangas" dos prefeitos. Nenhum dos diretores deve se sentir ameaçado ao receberem "pressão". Modernizar, portanto, é, antes de tudo, garantir a autonomia da universidade diante de todos os poderes constituídos no Estado. Sem isso, os modelos administrativos, por mais modernos que os sejam, servirão apenas para maquiar o pensamento atrasado que reina em algumas universidades, inclusive, em parte da Ufam.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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