segunda-feira, 25 de março de 2013

O trote como relação de poder


Por mais que insistam na "tradição" do trote para justificar a realização deles nas Universidades, Faculdades e Centros Universitários, os estudantes que o praticam, em verdade, escondem (ou tentam fazê-lo) a relação de dominação e poder simbolizada pelos atos de violência. Os trotes, em geral, são demonstrações claras de violência física ou psicológica. Um site ouviu especialistas no assunto em função do último episódio envolvendo estudantes de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles arrastaram uma colega amarrada em uma corrente, pintada de negro, com os dizeres:"Caloura Chica da Silva". No mesmo trote, estudantes faziam saudação nazista ao lado de um rapaz amarrado a uma pilastra. A reportagem traz o registro de uma série de trotes . Como por exemplo, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), estudantes calouros do curso de engenharia civil foram obrigados a segurar uma cabeça de porco com as mãos. Não contentes, os colegas e ainda jogaram neles "um líquido que continha vísceras de peixe, ovos vencidos e farinha." Os estudantes que praticaram tamanha violência legam que "a participação foi voluntária." Esse tipo de alegação não se sustenta e deve provocar sim, a revolta de todos. A sociedade não pode relativizar fatos como esses e o estudo do tema é fundamental para desvendá-lo.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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