quarta-feira, 6 de março de 2013

A permanência do estudante na universidade


O estágio obrigatório, em muitos casos, como o é, agora, na área de jornalismo, principalmente no Amazonas, ao invés de ser uma forma de o estudante se preparar para o exercício da profissão no mercado, transforma-se em mais um dos fatores cruciais da evasão escolar. Se em outros locais do País contribui para a formação, em Manaus tira estudantes das salas de aulas desde cedo. Aqui, nos primeiros períodos, pelo menos no curso de jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), estudantes são recrutados por rádios, jornais, televisões e portais para "estágios". Os estudantes, porém, realizam o mesmo trabalho que deveria ser realizado por profissionais da área e, ao chegarem no quinto período, começam a reclamar que não conseguem mais "dar conta do curso". É evidente que, quem vai para o mercado de trabalho precocemente, começa a absorver todos os defeitos das práticas jornalísticas (quando existem). Alguns ainda encontram na família suporte para se afastar das "arapucas dos estágios" e terminam o curso. A grande maioria, porém, passa a engordar as estatísticas tanto da retenção quanto da evasão. A transformação deste "estágio-de-faz-de-conta" em estágio obrigatório não mudará o quadro em Manaus. O nó da questão é este: dentre os vários fatores de retenção e evasão, o estágio, pelo menos em jornalismo, é ponto central. Enquanto o estudante não optar pela permanência no curso nos períodos iniciais, terá sempre problemas para concluí-lo. Ainda que, modernamente, não haja nenhum pré-requisito no curso de Jornalismo da Ufam. A permanência do estudante na universidade é essencial para a qualidade do processo educacional. E qualquer variável que interfira neste processo deve ser estudada para que sejam encontradas estratégias capazes de mudar o quadro. Como está, definitivamente, não pode mais ficar.

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