domingo, 21 de junho de 2015

O machismo nas entrelinhas

Hoje, de mediato, bastou-me ler, compartilhei uma postagem do humorista Maurício Meirelles sobre o Acre. Limitar-me-ei ao que se refere ao Acre: “Quero é falar do Acre, talvez o lugar com mais preconceito e piadinhas do Brasil. "Ah, o Acre não existe", "Lá só tem unicornio", "Só tem índio".
Como humorista, eu poderia pensar nas piadas mais fáceis a respeito da região. Mas eu estaria sendo injusto. O ACRE é DO CARALHO!!!!!
Rio Branco é uma cidade muito bacana e charmosa. Limpa, divertida, jovem e, pasmem, com algo genial chamado Floresta digital, proporcionando internet wi-fi GRATUITA no meio da rua, praça. Atrasados?
Povo feio? Olha, já viajei o Brasil inteiro e facilmente colocaria Rio Branco como uma cidade com as mulheres mais bonitas. É só você pensar que é quase uma "colonização" da Região Sul, que migrou para o Norte em busca de melhores oportunidades e bons salários.
"Ah, o Acre não existe?". Po, deixa acharem. Assim ninguém vai e sobra mais mulheres bonitas pros moradores.
Povo avançado, bonito e gente fina. Fiz um dos melhores shows da minha vida e, como gratidão, me senti na obrigação de escrever este texto aqui para as quase 800 pessoas que lotaram o teatro da Faao.
Muito obrigado pelo carinho. Espero voltar em breve. Mesmo que pra chegar eu leve quase 3 anos.”
Vejamos o porquê de o Acre ser “DO CARALHO”. Porque Rio Branco possui uma praça com wi-fi gratuita, por Rio Branco ser uma cidade com as mulheres mais bonitas e por ser um “povo avançado, bonito e gente fina”. “Do caralho, do cacete” e coisas do mesmo sentido não escondem o desejo coletivo do brasileiro por um “pênis ereto”. Machismo e preconceitos que não conseguimos nos livrar ao longo dos anos. As mulheres de Rio Branco só são bonitas por serem ascendentes de “mulheres do Sul”. Mais preconceito, assim como considera uma cidade legal apenas por ter mulheres bonitas. Sem falar no preceito que motivou a postagem do humorista: o ACRE não existe. Brasileiros, uni-vos contra o preconceito. Mito embora, humor sem preconceito se torne uma coisa sem graça.

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OBS: Post do dia 20/06/2015

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