domingo, 7 de junho de 2015

Sobre a universidade da utopia

Até algum tempo, acreditei piamente que a universidade é o espaço da pluralidade, do respeito ao outro e às diferenças, a ponto de ser possível duvidar até da existência de Deus e não ser penalizado, perseguido ou criticado por ninguém. Em tese, e no sonho de algumas pessoas, incluso eu, talvez exista. Nem que seja como meta, como possibilidade, quiçá como utopia. Na prática, porém, há uma universidade do discurso, muito diferente da utópica universidade que criamos na nossa mente. O direito a ser diferente, a pensar diferente, no mais das vezes, não é respeitado. Percebe-se o retorno de um clima de patrulhamento (não apenas ideológico) inaceitável. Se antes era um peco mortal “ser de direita” dentro da universidade, hoje, parece só existir o “coletivo”. O direito individual, inclusive a ser diferente, se não é malvisto, às vezes é negado. A universidade pública, gratuita e socialmente referenciada que tanto defendemos não pode cair na armadilha do pensamento único, do patrulhamento. Qualquer que seja o seu matiz. Vencer ou não nos embates faz parte do processo de crescimento tanto do ser humano quanto das organizações. Por favor, que não sejamos capazes de matar a universidade pela qual lutamos e sonhamos!


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