domingo, 13 de maio de 2018

Até as mulas são sábias


Zé Sérgio, dono da Fazenda Cascata, que não possui nenhuma cascata, convenhamos, é um cascateador. E, confesso, gosto de, aos domingos, ir lá para almoçar e cascatear. Uma das histórias que ele me contou é de uma sabedoria ímpar. Seu avô tinha uma mula que se destacava das demais. De tanto ir a Alcobaça, cuja distância de Teixeira de Freitas (que nem existia), à época, era “um dia de viagem”, e teve uma ideia: mandou a mula sozinha com a lista de compras no alforje. A mula chegou em Alcobaça e encostou direitinho no armazém que fornecia os gêneros alimentícios para as famílias que viviam na Fazenda Cascata. O dono da venda, honesto como ele só, pegava a lista, botava tudo o que foi pedido nos alforjes, dava uma palmada na mula e ela ia embora. A operação foi repetida inúmeras vezes até que um dia, a mula não saiu do lugar de jeito nenhum. O dono não estava. Quando retornou, achou estranho que a mula ali, parada. Perguntou ao funcionário o que acontecera e ele disse: “não sei explicar, esta mula na sai daí de jeito nenhum”. O dono da venda teve a ideia de conferir a lista. Constatou que o funcionário esquecera de pôr dois quilos de café. Pôs o café, deu uma palmada na mula que, faceira, foi embora. Moral da história: até as mulas são sábias e você ainda fica aí fazendo campanha para o inominável!

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