sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Credibilidade do Enem: maior desafio de Mercadante


Um dos grandes desafios do novo ministro da Educação, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), se não o maior, é dar credibilidade ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia do ex-ministro Fernando Haddad, candidato de Lula a quebrar a hegemonia do PSDB em São Paulo na disputa pela prefeitura, de um Exame nacional que sirva de parâmetro para avaliar a qualidade do Ensino Médio e, ao mesmo tempo ingressar nas universidades e instituto federais não é inédita. O problema é que exames com esse formato são aplicados em Países cuja área não chega a um estado de Rondônia, por exemplo. Quantas cabeças de presidentes do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) rolarão até que o Enem dê certo e seja aplicado sem nenhuma denúncia de fraude? A última a perdê-la foi Malvina Tuttmann, ex-reitora da UniRio. Exatamente como a primeira medida de Mercadante para “moralizar o Enem”. Seu sucessor, o ex-secretário de Educação Superior, Luiz Cláudio Costa, terá de trabalhar muito para ter vida longa. Ainda assim, corre o mesmo risco de todos quando se trata do Enem: logística. O Brasil é um país de dimensões continentais. Logo, distribuir provas e aplicá-las nos mesmos dia e horário, em todos os rincões, sem a possibilidade de fraudes é quase impossível. Por isso usei o verbo “dar” e não “recuperar” na relação com a credibilidade. Afinal, só se recupera aquilo que já se teve um dia. E o Enem, por enquanto, não sabe o que é credibilidade.

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