terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A exploração de professores pelo poder público

Ontem abordei neste espaço um assunto espinhoso: a exploração de professores por parte das instituições particulares do Ensino Superior. O poder público também explora, miseravelmente, professores, em todos os níveis: federal, estadual e municipal. A contratação de “temporários” ad eternum é uma das maiores vergonhas deste País que, esperava, seria corrigida pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Uma vez no poder, o PT também usa dos mesmos artifícios para a contratação temporária de professores. E isso se agrava mais nas prefeituras do interior. Há professores que estão há mais de 10 anos como temporários, a espera de um concurso público. Esses professores e professoras convivem anualmente com a insegurança e terminam por se transformar em alvos fáceis das pressões políticas. Na prática, são demitidos em dezembro, sem direito às férias e ao décimo terceiro salário, e recontratados em janeiro. Pelo gosto dos prefeitos, essa categoria dos temporários não teria fim nunca: é uma espécie de curral eleitoral permanente. O que os governos precisam é dar dignidade a essa gente, com a oportunidade de um concurso público e todas as garantias trabalhistas. O que se faz hoje é uma exploração descabida de profissionais estratégicos para um Brasil melhor.

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