quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Universidades no Ministério da Ciência e Tecnologia

Que me perdoe o Senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), autor do projeto que muda a gestão da Educação Superior do País do Ministério da Educação (MEC) oara o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), já aprovado na a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal (CCT), mas a sua justificativa para a troca não se sustenta. O argumento de que o MEC concentra todo o gerenciamento da Educação no País e privilegia o Ensino Superior em detrimento do Ensino Básico é, se não falso, pelo menos silogístico. O senador Buarque tem méritos, algumas boas ideias para a Educação brasileira, mas, nesse caso, pisou na bola em não consultar a comunidade universitária brasileira, muito menos os reitores, e menos ainda, as escolas do ensino básico. Dissociar a Educação Superior brasileira dos demais níveis do País é assumir publicamente um viés tecnicista que não condiz nem como o novo pensamento epistemológico da ciência no mundo inteiro. Não se devem dissociar os níveis de educação nem em tese, muito menos em gerenciamento. A educação é um processo sistêmico no qual a Educação Superior interfere na Educação básica e vice versa. Esvaziar o MEC e pensar que com isso o Ensino Básico no Brasil alcançará níveis de primeiro mundo é de uma ingenuidade que não me parecia ser algo que o Senador Buarque possuísse. Até agora o projeto do Senador caminha a passos largos. Só falta passar pela Comissão de Educação e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania para entrar em vigor. Até lá, porém, as entidades dos reitores e representantes dos professores talvez reajam. É esperar para ver!

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