segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A universidade que não se planeja

O calendário é um dos maiores inimigos do planejamento estratégico nas universidades brasileiras. E na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não se foge à regra. O calendário acadêmico, por exemplo, encerra-se em dezembro, pouco antes das festas de Natal e Ano Novo. No mês de janeiro, grande parte dos professores e técnicos aproveita para usufruir do período de 45 dias de férias, no caso dos professores, e de 30 dias, no caso dos técnicos. Com o retorno das atividades previsto para o final do mês de fevereiro, o que se pode planejar em uma semana? Fica-se numa ciranda de planejar aulas, aulas e aulas. E não há como se dizer que depende de fulano, beltrano ou cicrano. É um problema da universidade brasileira. Da mesma forma, de quatro em quatro anos se tem a escolha de uma nova administração superior. Como na política fora da universidade, geralmente, o planejamento de uma administração não serve para a administração seguinte. Pensar uma universidade para os próximos 10 anos, por exemplo, é quase impossível. Não sei se há fórmulas, porém, é preciso vencer esse tipo de engessamento que empurra as administrações para apenas gerenciar crises e não planejar para que delas possamos nos livrar. É um desafio de todas sair dessa ciranda de apenas planejar aulas tanto nos cursos de graduação quanto de pós-graduação. Todos somos responsáveis.

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