quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Biblioteca como castigo na Escola

Em uma das suas postagens no Facebook, meu irmão, Gilberto Vieira Monteiro, comenta o fato de uma escola de Ensino Fundamental, da nossa, Sena Madureira, distante 144 de Rio Branco, a capital do Acre, mandar todos os estudantes para a biblioteca e o impedirem de assistir aula se chegam atrasados na escola. Passei o dia pensando sobre este suposto "castigo" e resolvi escrever sobre o assunto pela simbologia que a biblioteca parece carregar entre professores e administradores escolares: um local de castigo, de tortura. Oras, como se pode reclamar que os estudantes não leem se o templo da leitura é visto como locus de castigo e punição? Aproveite, também, para fazer um exercício de raciocínio de possibilidades a partir do fato. Se a aula fosse uma daquelas "peças" sacais, elaboradas por professores (ou professoras) extremamente tradicionais e o estudante (ou a estudante) gostasse de ler, passar todo o tempo da aula na Biblioteca jamais seria um castigo. Ao contrário, se a aula fosse maravilhosa e a Biblioteca tivesse um acervo ruim e fosse mal equipada, certamente, o castigo seria duro. Grave de tudo isso, é o direito Constitucional de ir e vir ser afrontado de forma tão dura. Quem investe na punição pela punição, pouco educa.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.