segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Diretrizes instrumentalizam o Jornalismo para o mercado

Na postagem de ontem, sob o título "Vanguarda do atraso aprova Diretrizes para o Jornalismo" ressaltei a preocupação da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS) com o que, à época, ainda seria aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As "novas" (muito velhas) Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Jornalismo são o que de mais atrasado poderia existir para o Jornalismo e para a própria Área de Comunicação, campo do qual os que propuseram a mudança parecem querer deixar. Nem os cientistas "mais duros" falam em separação, mas sim, em "religação dos saberes", como o faz Edgar Morin, por exemplo. Em conversa com o meu orientado de Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia, Sandro Aberto Colferai, professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), campus de Vilhena, concluímos que se voltou aos anos 70 no Jornalismo. E o que é pior, com uma processo claro de instrumentalização da profissão meramente voltado para servir ao mercado.
Sandro Colferai:"Também achei um absurdo as novas diretrizes nada mais contraditório: a comunicação se vende interdisciplinar, e quando mais precisa tenta se fechar na disciplinaridade, e totalmente instrumentalizada para uma prática de mercado." E completa: "Faria mais sentido deixar a reserva de mercado pra lá, esquecer a obrigatoriedade de diploma e se tornar realmente útil para a sociedade... o futuro da comunicação está na periferia, e eles estão tentando ganhar espaços no centro. vai dar errado!" É lastimável!


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