sábado, 7 de setembro de 2013

Teorias avançadas não vencem visões atrasadas

Em se tratando de Educação, é pouco provável que teorias avançadas sejam capazes de vencer as visões atrasadas. Quem de nós, professores e professoras, tem coragem de, na prática, testar o pleno exercício da cidadania acadêmica? Teorizamos tanto a respeito de autonomia e cidadania e pouco fazemos para desenvolver uma espécie de ética das relações na sala de aula que efetivamente sejam postas em prática. Quem, por exemplo, é capaz de transformar um instrumento frio, meramente de controle, como os Boletins de Notas em Frequências, em uma prática estimulante de exercício da cidadania e da ética acadêmica? Como? Muito simples, basta que se desenvolva nos estudantes valores de respeito ao outro e ao grupo a ponto de eles mesmos serem os responsáveis pelo controle das frequências. Penso, até, que os próprios estudantes poderiam coordenador o processo de avaliação conjuntamente com os professores. Só assim, efetivamente, se pode mudar a sociedade que aí está. Com estudantes, éticos, responsáveis e honestos. Enquanto perdurar a ideia de que os estudantes são desonestos até que se prove o contrário, que não conseguem praticar a autoavaliação e que jamais realizaram um controle de frequência com honestidade, formaremos cidadãos incapazes de erguer a formação moral fincada em bases sólidas. Penso que ousar em experiências inovadoras seria possível. Nas próximas disciplinas que ministrar testarei o que aqui propus entre os estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).


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