terça-feira, 10 de setembro de 2013

Genializar os medíocres e não mediocrizar os gênios

O Sistema de Educação do País, muito embora o marco legal nem o exige, parece ter, na gênese, uma tendência natural a mediocrizar os gênios. É somo se tivéssemos feitos uma opção preferencial pela medianização dos saberes. Falo de cátedra! Primeiro porque, no início da minha carreira de estudante, passei da alfabetização para o terceiro ano, apesar da gritaria geral dos pedagogos. Diziam que eu teria dificuldades de adaptação social, por ser menor que os "meninos" da turma. Fiquei, meus pais bancaram a troca e fui em frente. Talvez, por isso, até hoje não aceite essa "ideias pré-concebidas" de que há uma faixa etária para cada fase da aquisição do conhecimento. Essa visão é preconceituosa, limitadora e tende a fazer exatamente o que o título desta postagem chama a atenção "mediocrizar os gênios". Meu filho foi vítima desta visão! Termina as atividades em sala de aula rapidamente e a professora dizia que ele só queria se mostrar, era metido, só queria saber de se mostrar. Resultado: foi necessário trocar a professora. Adiantou pouco! De forma menos clara, houve, no fundo, uma espécie de mediocrização. O que se deve ter é a mente e o espírito aberto não para segurar o avanço de quem tiver competência para fazê-lo. Mas, acima de tudo, criar possibilidades de que pessoas com habilidades reconhecidas possam avançar na carreira e na vida. Que as ideias pré-concebidas não sejam mais importantes que as ideias fora do padrão.


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Um comentário:

  1. Professor Gilson:

    Perfeita sua observação. Fiz o meu mestrado em um lugar que também privilegia este tipo de visão, o IMPA. Um de seus melhores ex- alunos, Fernando Codá, hoje professor da própria instituição, é sério candidato à prestigiada medalha Fields, a honraria máxima da matemática mundial. Veja esta entrevista dele http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/entrevistas/noticia/2013/09/fernando-coda-relata-os-desafios-da-rotina-de-trabalho-de-um-matematico.html

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