terça-feira, 18 de abril de 2017

Para dizimar a cultura da corrupção

Nas semifinais do Campeonato Paulista de Futebol, um jogador do São Paulo, Rodrigo Caio, foi ao árbitro e confessou que ele próprio, sem querer, havia sido o responsável pela contusão do colega de time, o goleiro, contra o arquirrival, Corinthians. Transformou-se em peça de “incentivo”, mostrada em todos os canais de televisão com um “ato de nobreza”. Eis a chave para a mudança: quando atos como o de Rodrigo Caio forem encarado como naturais, normais na vida em sociedade. Enquanto “não ser corrupto” provocar espanto, é sinal de que o ponto fora da curva é ser honesto. Logo, a corrupção entendida como natural, normal. Para dizimar a cultura da corrupção, entranhada na sociedade, é preciso que nós, os país, por exemplo, deixemos de considerar “pequenos atos de corrupção” como naturais. Dar uma bicicleta ou um carro ao filho que foi aprovado neste ou naquele nível escolar, por exemplo, é ato claro de corrupção. Parar o carro em fila dupla para deixar o filho na escola, é ato de corrupção, similar ao ato de estacionar em vagas destinadas a idosos e quetais. Roubar os amigos nas mesas de jogos é mais um ato de corrupção assim como levar vantagem nos jogos de futebol. Ou seja, em muitos casos, nós, os seres humanos normais, somos corruptos até a alma. Mas, temos a capacidade de apontar o dedo em direção ao político como se só ele fosse o corrupto. Dizimar a cultura da corrupção é um processo lento e gradual de mudança. Estamos dispostos a tentar? Vamos juntos tentar!


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